SAUDANDO O SALVADOR

sexta-feira, 12 de abril de 2013


    Saudando o Salvador

Nenhum nascimento mais importante jamais aconteceu. A chegada do Messias, naquele humilde cenário em Belém, foi o acontecimento que preparou o caminho para as mudanças mais profundas e benéficas que o mundo jamais viu. Aqueles que hoje têm pelo menos uma aparência de respeito pelo Salvador imaginam a cena do seu nascimento com adoração pela criança que nasceu para morrer por todos nós. Mas como teríamos reagido à chegada de Deus entre os homens se fôssemos vivos no tempo em que ele nasceu?
Talvez muitos de nós nos coloquemos nos cenários bíblicos com a grandiosa imaginação de que nos teríamos elevado sobre as multidões com fé inabalável. Mas, naquele tempo, até mesmo os tão criticados escribas e fariseus tinham tão exaltadas idéias a respeito deles mesmos (Mateus 23:30). Os relatos em Mateus e Lucas das reações variadas ao recém chegado Messias podem ser exatamente os espelhos de que necessitamos para olharmos a nós mesmos. Considerem aqueles que saudaram o Salvador.

Pastores: Visitantes honestos e humildes (Lucas 2:8-10)

Deus mandou os anjos mensageiros, não a Augusto ou Herodes, mas aos simples pastores. A revelação de Deus convidou estes observadores, homens honestos e humildes, à ação. Eles foram ansiosos ao Senhor e imediatamente começaram a espalhar as boas novas. Inda que Jesus tenha crescido de todas as maneiras (Lucas 2:52). Ele nunca se elevou acima de tais ambientes de pessoas simples e sinceras. Seus seguidores foram principalmente os pobres homens do campo, tão freqüentemente desprezados e ignorados pelas pessoas "religiosas" daquele tempo. O mesmo é verdade hoje em dia.

Simeão: Aquele que não descansaria enquanto não encontrasse Cristo (Lucas 2:25-35)

Que grande descrição do singelo propósito da vida de Simeão: "homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel" (v. 25). Deus assegurou a tal pessoa que ela viveria para ver o Cristo (v. 26). Somente quando essa divina promessa se cumpriu, no templo, Simeão pode partir em paz (v. 29). O semblante de Simeão é refletido nas faces dos que buscam diligentemente e que não desistirão antes de encontrar a Verdade que liberta os homens. Os Simeões de todas as épocas concluem que a vida sem Cristo é incompleta. A afirmação do Espírito a Simeão é repetida por Jesus a quantos procuram incansavelmente pela verdade: "Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra: e a quem bate, abrir-se-lhe-á" (Mateus 7:8).

Ana: Devota serva que repartiu as notícias (Lucas 2:36-38)

Em Ana vemos o retrato de uma das mais suaves imagens na terra: uma santa idosa, cuja vida foi devotada ao serviço de Deus. Horas passadas aos pés ou ao lado dos leitos de aflição de tais soldados não são nunca desperdiçadas, pois vemos mesmo na face da morte a graça e o caráter moldados através de longos anos de dedicação e submissão ao Mestre. Ana era uma dessas servas, mas seu turno de dever neste mundo ainda não tinha chegado ao fim. Não era de seu feitio retirar-se para um lugar de descanso enquanto alguém mais jovem assumia o posto, mas mesmo em sua idade avançada ela "dava graças a Deus, e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalem" (v. 38). Com Ana podemos aprender a seguir uma vida de incansável serviço como pessoa que verdadeiramente ama contar a história de Jesus.

Os magos do Oriente: Vieram de longe em busca (Mateus 2:1-12)

Seja por causa dos mistérios envolvendo os homens ou pelos meios especiais pelos quais eles foram trazidos a Cristo, os magos eram dos mais fascinantes entre aqueles que saudaram o Salvador. Nossa visão mais próxima desta espécie de homens pode ser encontrada em Daniel, quando os astrólogos e os feiticeiros eram apontados à vergonha ao serem comparados com aqueles cuja confiança estava na genuína revelação de Deus. Ainda mais, tais religiões falsas e inadequadas poderiam ser usadas por Deus para apontar aos homens a direção certa. Os magos observavam a natureza, e Deus apontava a eles as Escrituras, que lhes apontavam a Cristo. Sem a revelação da palavra de Deus, estes homens não poderiam mesmo chegar ao Rei que havia nascido para salvar os homens. Outras passagens demonstram a sabedoria do Senhor ao trazer homens de tão "longe" para a completa revelação da Verdade (examine o Salmo 19; Romanos 1:16-20; Atos 17:24-31).

Herodes: Aquele que não queria ceder (Mateus 2:13-18)

Conhecido por sua violência e mania de grandeza, Herodes estava perturbado com as notícias sobre o Cristo (v. 3). Ele estava inquieto só em pensar que poderia ser compelido a mudar e ceder o poder a outro. Admitir abertamente sua atitude em relação ao filho de Deus poderia trazer certos riscos; contudo, Herodes fingiu um desejo de adorar e honrar a Jesus (v. 8). Finalmente, Herodes mostrou sua verdadeira intenção quando ele tentou destruir Jesus (v. 16).
Herodes é, de vários modos, um espelho bem polido de muitas pessoas para com Cristo. Ele é o tipo daqueles que estão perturbados pelo evangelho, inquietos sobre qualquer coisa que possa exigir que eles mudem. Tais pessoas, como Herodes, podem parecer que servem a Cristo, enquanto, realmente, apenas representam uma peça para outros homens verem. Em vez de verem Jesus como o Salvador que pode conduzi-los à liberdade e à glória, eles o-veêm como uma ameaça que poderá destroná-los de soberbas posições na vida. Assim como Herodes procurou matar Jesus, tais pessoas batem o prego nas mãos dele ao tratarem o seu sacrifício como inútil e vão (Hebreus 6:6; 10:28-29).

A multidão: Indiferente para com Jesus

Houve outros que tiveram oportunidade de saudar Jesus: aqueles que passavam por José e Maria enquanto eles caminhavam para o templo, em Jerusalém; aqueles que viveram na mesma vizinhança, enquanto Jesus crescia; mesmo seus próprios parentes, que viajavam na mesma companhia naquelas jornadas a Jerusalém, por ocasião das festas. A vasta multidão que assim encontrou Jesus simplesmente passou por ele sem notar. Para ela, ele era somente o filho do carpinteiro ali da rua. Sua presença, que tinha poder para dar significado a suas vidas mal traçadas, era olhada como sendo comum e insignificante.
Está a multidão de nossos dias um pouco melhor? É dada a Jesus a oportunidade de transformar as vidas de homens e mulheres, ou passam por ele sem nem um momento de atenção séria?

Como devemos saudar o Salvador?


Não vivemos na Belém de 2000 anos atrás. Não ouvimos as vozes da haste celestial ou o grito das mães cujos recém-nascidos foram trucidados. Nós não vimos sua estrela no oriente, nem ouvimos as impressionantes palavras de Simeão. Entretanto, temos que determinar como saudaremos o Salvador. Será como o humilde pastor? Como Simeão, o que esperava? Como a devota Ana? Como os magos que só se deram por satisfeitos quando chegaram ao Cristo? Ou seria nossa saudação como a saudação maníaca e ameaçadora de Herodes ou a apática desatenção da população? Como você sauda Jesus?

- por Dennis Allan


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